Relação dos Vídeos (áudios)

Dia a dia

Conversinha ao Pé do Ouvido
Quando a Fé, a Oração e as Boas Atitudes Curam
.

Existe de fato uma íntima relação entre os sentimentos e o sistema imunológico. Acreditar em Deus, diga-se, fervorosamente, parece acionar o mecanismo que ativa as defesas orgânicas. As idéias de que as emoções interferem no corpo remonta a tempos imemoriais. Porém, só agora, com o desenvolvimento na neurociência, foi possível o entendimento e o papel da imunologia e as respostas hormonais-cerebrais no desenvolvimento das doenças. Pensar ou viver situações muito negativas induz a mente e o corpo a acreditar em toda essa negatividade. O resultado é uma forte descarga de hormônios que acaba deprimindo o sistema de defesa. O Dr. Renato Sabbbatini, professor de medicina da UNICAMP, credita que de 60% a 80% das doenças são influenciadas pela mente. O exemplo vem dos casos de contaminação por HIV, onde a resistência a doenças oportunistas é fortemente alterada pela mente. A Dra. Maria Spinelli, presidente da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática, ao estudar doenças auto-imunes como o lúpus, constatou que “todos tinham sofrido algum abalo emocional extremamente negativo”. A Dra. Edna Reiche, imunologista da Universidade de Londrina, diz que quando o estresse é agudo, o organismo logo volta ao normal. Mas a coisa muda de figura quando se vive em estado de estresse crônico. É quando a resposta deixa de ser fisiológica para ser patológica. Exemplos são os cânceres de pele, de fígado e de mama, mais associados às deficiências imunológicas. A atitude e a postura mental podem significar a diferença entre vencer e ser vencido pela doença.

Como a mente estressada e negativa adoece o corpo.
O sistema límbico é o responsável pelo processamento das emoções. Ele está ligado ao hipotálamo, que por sua vez comanda a hipófise, que tem como responsabilidade maior coordenar a produção de hormônios de todas as outras glândulas. Elas liberam na corrente sangüínea uma enxurrada de adrenalina, cortisol e outros hormônios de estresse. Estes hormônios diminuem progressivamente a atividade das células de defesa, como os linfócitos, macrófagos e as chamadas células naturais killers. O coração sente o golpe e dispara, desencadeando uma reação em cadeia que atinge a respiração, a digestão, o sistema renal e outros, sucessivamente. O poder de defesa do sistema imunológico cai por terra como um efeito dominó. Sem encontrar resistência, as células malignas e outros invasores ganham terreno e o sistema imune entra em colapso.

Como a fé e a mente positiva curam.
A fé e as orações agem exatamente no sistema oposto da explicação anterior. Onde havia a depressão do sistema imunológico, ocorre a estimulação e a vitalização de todas essas funções de defesa. O sentimento positivo de esperança e confiança em Deus gera no cérebro a produção imediata dos hormônios cerebrais “do bem”, como endorfinas, responsáveis pelo bem-estar. O hipotálamo e a hipófise secretam hormônios que agem como mensageiros químicos fazendo o corpo funcionar corretamente. Esse bem-estar inibe a produção de adrenalina e promove uma constante sensação de equilíbrio, felicidade e saúde. A Dra. Carmem Neme, professora de doenças psicossomáticas da Universidade Estadual Paulista, diz que “a fé desperta uma força que definitivamente ajuda a curar”. A afirmativa vem de um estudo com 130 pacientes com câncer – sua tese de mestrado. A maioria deles tinha passado por grandes traumas emocionais, perda de emprego, morte de ente querido, separação conjugal. Durante o tratamento, aqueles que professavam uma fé, recuperaram-se melhor e mais rapidamente que os descrentes.

Autor: Dr. Luiz Maranhão é biomédico e diretor da Revista “Guia Viver Bem”. E-mail: luizmaranhao@viverbem.cjb.net

A vida é uma escuridão se não houver um impulso.
Todo o impulso é cego se não houver o saber.
Todo o saber é vão se não houver o trabalho.
Todo o trabalho é vazio se não houver amor.
(Hermes)

0 comentários: